Oficina " Contador de Histórias"


Estudo, prática e reflexão

Com a Professora Clarice Schcolnic
Coordenadora do "Movimento Hora do Conto", que desde 1991 organiza cursos, seminários, saraus, oficinas e viagens para conhecer contadores regionais.

Autora do livro "Contadores de Histórias - Sobre a Arte da
Narrativa"


FUNDAMENTOS DO CURSO
estruturação da narrativa
comunicação
síntese
ação
recursos auxiliares
jogo

interação



Serão quatro encontros com duas horas cada.
Segundas ou quartas-feiras das 19:30hs às 21:00hs, com início dia 19 de outubro


Investimento: R$ 200,00
R$ 170,00 para quem trouxer um amigo
( desconto válido para os dois)

Turmas com no mínimo seis pessoas e no máximo doze.



Endereço:
Espaço Livre
R. Baronesa de Itú 363

- Higienópolis
Inscrições: Tel. 3542 9088 ou 7175 0773



"Não é verdade, nem mentira, é faz de conta”


Tenho uma história para você, mas não é de pegar, é de sentir.
Tem também, a menina Flora Maria, que é todinha de crochê, como minha vovó ensinou a fazer.
Com um repertório da nossa tradição oral, converso de forma lúdica com as crianças, sobrerealidade e fantasia. Afinal, o que sentimos e imaginamos também é de verdade!
Contar Histórias aproxima as pessoas, pode ajudar a eliminar preconceitos, facilita o autoconhecimento e nossa relação com o mundo, além de colaborar fortemente para a construção da identidade de um povo.

Artigo - Livro Vivo
por Clarice Schcolnic
Quando criança, somos estimulados a brincar, pulamos corda, caímos, quebramosa testa, levantamos e tentamos novamente, sem nem nos importarmos com os fracassos. De repente, o brinquedo torna-se, naturalmente, uma extensão de nós mesmos. E quanto aprendemos! Seria praticamente impossível enumerar as possibilidades do nosso desenvolvimento.

E o livro? Mal sabemos ler, mas já nos encantam as letras, as imagens, o próprio papel e até seu cheiro e textura. Quantos mistérios guardam os livros! E há, também, aquele momentotranquilo, quando a voz do adulto conta-nos as histórias saídas de suas páginas.
Ah, o livro!
Sonhamos com seus personagens como se fossem da própria família, conversamos com eles, damos e ouvimos seus conselhos. Sentimos frio, ou calor, de acordo com a paisagem local. Garantimos que um dia conheceremos aquele país onde morou o herói da história. E mais uma vez aprendemos, pois estamos brincando com o livro.
Um poema pode inspirar-nos a ponto de querermos memorizá-lo, transformá-lo em música, ou em um belo desenho, só para não esquecê-lo.
Cadê o carteiro com o postal do amigo que viajou para tão longe, dizendo estar com saudade e quando retorna, ou com a carta perfumada da tia-avó, que escreve com letras bem desenhadas? Cuidado para não rasgá-la, ao abrir o envelope. Depois, todas as correspondências queridas vão para a caixinha e, de vez em quando, as abrimos e recordamos.
Que brinquedo maravilhoso a palavra, nos livros, nas cartas, nas revistas científicas, nos poemas, nos diários secretos...
E, também, não podemos esquecer, é a palavra que nos diferencia dos outros animais, tornando-nos seres pensantes, capazes de entender melhor o mundo e a nós mesmos.
Livro é arte, preenche de dentro para fora.
Que tal reapresentá-lo aos nossos jovens e crianças?
“Palavra – Brinquedo,
Livro-Vivo.